A maternidade pode ser uma experiência pela qual muitas mulheres querem passar ou gostariam de pensar no assunto um pouco mais tarde. Mas para isso é preciso se planejar, e aí vem a dúvida: qual seria a melhor idade para engravidar?
A mulher moderna se vê rodeada de responsabilidades com os estudos, carreira profissional e vida social. Com isso, a gravidez passa a ser adiada, principalmente quando se deseja atingir a estabilidade financeira antes de ter um filho. Há ainda outras situações que podem exigir o adiamento da gravidez, como no caso em que a mulher tem que passar por um tratamento oncológico ou por um procedimento cirúrgico nos ovários.
Assim, surge o questionamento acerca de qual será a fase ideal da vida para se comprometer com a maternidade. É preciso pensar nas questões que já mencionamos, mas também há outro fator de suma relevância: a idade da mulher.
Continue acompanhando este artigo e entenda a relação entre a faixa etária e a gestação.
Boa leitura!
Para responder essa pergunta, é importante entender a relação entre qualidade dos óvulos e idade da mulher
Muito além dos interesses pessoais, a gravidez é condicionada pelas características fisiológicas que a mulher apresenta. São diversas as causas que podem levar à infertilidade feminina, entre elas, a qualidade dos óvulos, que decai ao longo dos anos.
O corpo feminino abriga milhões de óvulos desde o nascimento, ou seja, a mulher já nasce com toda sua reserva de células reprodutoras.
A partir da primeira menstruação, os óvulos começam a ser liberados a cada ciclo, o que reduz gradativamente a reserva ovariana. Esse é o ponto principal que determina a melhor idade para engravidar.
Somado a isso, as condições ambientais, poluição e radiação são os aspectos externos que afetam a qualidade dos óvulos. Da mesma forma, a saúde das células reprodutoras femininas está suscetível a efeitos negativos de hábitos prejudiciais como tabagismo, consumo de álcool, drogas, obesidade e sedentarismo.
Todos esses fatores culminam na queda da qualidade, além da quantidade dos óvulos, resultando em menores chances de gravidez conforme o avanço da idade.
Portanto, existem diferenças importantes ao engravidar aos 20, 30 ou 40 anos.
Considerando o declínio da reserva ovariana e da qualidade dos óvulos ao longo dos anos, é possível classificar um período ideal para a gravidez. Do ponto de vista biológico, recomenda-se que a gestação ocorra entre 20 e 30 anos de idade, quando a fertilidade feminina está no ápice.
Nesse período, além das células reprodutoras estarem propícias à fecundação, são menores os riscos da mulher desenvolver complicações na gestação. Normalmente, a mulher apresenta grandes possibilidades de gestar até os 34 anos, que é considerada uma ótima idade para engravidar.
É válido recordar que essa fase também é ideal para o congelamento de óvulos, caso haja desejo de postergar a gravidez.
A partir dos 35 anos, o cenário já muda, pois é nesse período que a reserva ovariana chega a somente 10% da sua quantidade inicial. Além disso, conceber nessa idade requer maior atenção e cuidado, já que pode haver complicações para a mãe e para o bebê.
Isso vale também para as mulheres de 40 anos que desejam ter um filho biológico, uma vez que os riscos aumentam, por ser uma gravidez tardia. A gravidez na idade avançada pode vir acompanhada de problemas como hipertensão (a pré-eclâmpsia), diabetes, parto prematuro, além de alterações genéticas, que elevam as taxas de aborto.
Aos 35 anos, as chances de uma mulher engravidar são cerca de 50% menores do que aos 25 anos – nessa idade, as probabilidades de uma mulher ter uma gestação natural são de cerca de 30%. Já aos 40, as chances caem pela metade.
O que é o congelamento de óvulos e como ele ajuda a prolongar a fertilidade?
Já que citamos o congelamento de óvulos, vamos nos aprofundar um pouco mais nesse assunto.
Os procedimentos de reprodução assistida podem ser a solução para quem quer aumentar as chances de conceber. São diversos os tratamentos disponíveis em uma clínica de fertilidade, atendendo pacientes que sofrem com infertilidade ou aqueles que se preocupam com a idade para engravidar.
Nesse sentido, o congelamento de óvulos é um método que viabiliza o adiamento da gravidez, visto que a qualidade das células reprodutoras é preservada. Isso quer dizer que as características encontradas nos gametas femininos no ato do procedimento serão mantidas por tempo indeterminado.
Sendo assim, os óvulos congelados não sentirão os efeitos do passar dos anos, ao contrário daqueles que estão nos ovários. A fertilidade se mantém ao longo dos anos por meio do congelamento de óvulos, ou seja, a mulher de 40 anos que congelou óvulos aos 30 terá a mesma chance de gravidez da época em que fez o procedimento. Assim, o material pode ser utilizado para uma futura fertilização in vitro ou ovodoação.
O congelamento de óvulos também ajuda a conciliar interesses pessoais e a maternidade
Afirmar que as mulheres, hoje em dia, priorizam a carreira profissional antes da maternidade não significa que muitas delas não queiram ser mães.
Ao contrário, estabelecer tais prioridades é um cuidado que elas próprias têm para que a criação do filho não atravesse grandes transtornos.
Igualmente, uma mulher pode optar por ter vivências e experiências que a façam amadurecer antes de se dedicar por completo à maternidade ou se decidir por ela. Seja qual for o contexto, é inegável que a chegada de um filho carrega consigo mudanças significativas.
Por isso, o planejamento familiar é um grande aliado daquelas que desejam constituir uma família. Com tratamentos como o congelamento de óvulos é possível programar a gravidez para o momento mais adequado, conciliando interesses pessoais e maternidade.
É preciso lembrar, entretanto, que a melhor idade para engravidar está relacionada tanto a escolhas pessoais quanto a fatores biológicos. Portanto, deve-se ter atenção ao que os exames indicam e aos conselhos médicos.
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