Doação de gametas: mitos e verdades sobre o método

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    A doação de gametas tornou-se uma atividade popular entre os métodos de reprodução assistida, porém, ainda existem diversas dúvidas sobre a ação. 

    Por isso, a Huntington separou os principais boatos para desmistificar qualquer informação falsa sobre a doação de gametas para você ficar totalmente por dentro sobre o assunto.

    O que é doação de gametas?

    A doação de gametas é um processo em que uma pessoa doa seus óvulos ou espermatozoides para ajudar outras pessoas a conceber um filho. Este procedimento é comum para realizar tratamentos de fertilização assistida, como a fertilização in vitro (FIV) ou inseminação artificial. 

    De acordo com a legislação de doação de gametas no Brasil, regida pela Resolução nº 2168/2017 do Conselho Federal de Medicina e pela Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/2005), estabelece que a doação deve ser anônima e gratuita. Porém, a partir da nova Resolução 2.294/2021 em 15/06/2021 também é permitida doação de gametas entre parentes de até 4º grau de um dos receptores, como primos. 

    Os doadores de sêmen devem ter entre 18 e 45 anos, e as doadoras de óvulos, entre 18 e 37 anos. Ambos passam por exames clínicos, genéticos e psicológicos. Vale ressaltar que há um limite de 2 (dois) nascimentos de crianças de sexos diferentes em uma  área  de  1  (um)  milhão  de  habitantes. 

    O consentimento informado é obrigatório para doadores e receptores, e as clínicas devem manter registros detalhados das doações. 

    Como funciona a doação de gametas na Huntington?

    Aqui na Huntington, nós seguimos um processo de doação de gametas seguro e detalhista, oferecendo um espaço confiável para doadoras e receptoras. 

    A candidata a doadora deverá preencher um questionário minucioso, com características pessoais e médicas, contendo informações sobre antecedentes e características familiares. Além disso, também executará um exame clínico e laboratorial bem exigente. 

    Nossas receptoras têm acesso a esses questionários, que contêm detalhes físicos como peso, estatura, cor de olhos, cabelo e pele, para que se sintam mais confortáveis e seguras na seleção de uma doadora o mais parecida com elas possível.

    Além disso, a Huntington tem acesso ao FenoMatch®. Esse é um software de computador que tem o objetivo de comparar os pontos principais do rosto de ambas as partes. Assim, a seleção se torna mais autêntica.

    A partir disso, é o momento da doação. As doadoras passam por um processo de estimulação ovariana, seguido pela coleta dos óvulos através de um procedimento minimamente invasivo. Os gametas doados são utilizados em tratamentos de FIV.

    No caso do FIV, os óvulos são fertilizados com espermatozoides no laboratório e os embriões resultantes são transferidos para o útero da receptora. 

    Vale salientar que a Huntington também executa os tratamentos de reprodução assistida por inseminação artificial. Por mais que a clínica não tenha um banco de sêmen, nós oferecemos a possibilidade da reprodução assistida por gametas doados de bancos externos

    Mitos e verdades sobre doações de gametas

    Agora que você compreende o que é doação de gametas, com certeza surgiram algumas dúvidas. Além disso, se for pesquisar sobre o assunto, é possível encontrar diversos boatos sobre o tema. 

    Veja agora, alguns principais mitos e descubra toda verdade sobre a doação de óvulos e espermatozoides. 

    Mito 1: A doação de gametas é arriscada para o doador

    Na verdade, com o avanço da medicina, os procedimentos de doação tornaram-se seguros, sendo realizados sob supervisão médica rigorosa. Essa segurança serve tanto para doadores quanto para os receptores.

    Mito 2: Quem doa óvulos não pode engravidar

    É importante esclarecer que a doação de óvulos não afeta a fertilidade da mulher. Assim como a doação de espermatozoides não afeta o homem. Ou seja, a doadora terá a mesma chance de engravidar, independente de ter realizado a doação ou não. 

    Mito 3: As crianças nascidas de doação de gametas terão problemas de identidade

    Estudos realizados pela Universidade em Cambridge mostram que crianças nascidas de doação de gametas geralmente se desenvolvem de maneira saudável e feliz. A forma como as famílias lidam com a questão da doação e a abertura sobre a origem genética podem influenciar positivamente o bem-estar da criança.

    Mito 4: A doação de gametas é apenas para casais heterossexuais

    A verdade é que a doação de gametas está disponível para uma variedade de pessoas e famílias, incluindo casais heterossexuais, casais homoafetivos e pessoas solteiras que desejam ter filhos.

    Mito 5: Crianças concebidas por doação de gametas têm pior saúde

    Pesquisas realizadas pela Oxford Academic demonstram que crianças concebidas por doação de gametas têm saúde comparável às concebidas naturalmente. 

    O artigo aponta que não há diferenças significativas na saúde auditiva e visual de crianças nascidas por tratamento de fertilização in vitro (FIV) em comparação com outras que foram reproduzidas naturalmente.

    Esses esclarecimentos ajudam a desmistificar o processo de doação de gametas e a entender melhor como ele pode beneficiar muitas pessoas que sonham em formar uma família! 

    Dra. Ana Paula Aquino

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