As perdas naturais por aborto espontâneo são muito comuns, pelo que li, especialistas indicam que a cada 100 gestações 15 são por aborto espontâneo. De qualquer forma, a perda em qualquer fase, não é algo fácil para uma mãe, ainda mais quem passa por um longo tempo de tentativas.
E por mais que seja algo comum, nem sempre é algo simples de se superar. Passamos por momentos de medos, dúvidas, anseios, que podem nos causar até uma certa dificuldade em voltar a tentar. Já, algumas mulheres, procuram superar reiniciando as tentativas o mais rápido possível.
Dessa situação, o que eu acho importante dar atenção, primeiro é conversar com o médico, para avaliar se realmente foi apenas uma seleção natural ou há algum indício que tem que ser investigado, mesmo não sendo uma situação recorrente. Depois, são as questões emocionais do casal.
O apoio mútuo nessas horas é fundamental, para que ambos se sintam fortalecidos e consigam superar juntos. Conversar, expor o que cada um sente, além de ajudar a aliviar o coração, ajudará a fortalecer o relacionamento. Sei que nem sempre é fácil falar sobre isso, ainda mais para os homens, mas tentem, mesmo que seja depois de um tempo. Depois que perdi meu filho, acho que o meu casamento cresceu, amadurecemos juntos, viramos o porto seguro um do outro, e hoje olho para trás e percebo que foi um período de grande aprendizado para nós como marido e mulher e também como pais.
O que quero dizer a você que passa ou passou por isso, mesmo sendo um momento muito dolorido e sofrido, cuide do seu emocional e da sua relação, cuidem um do outro, acho que esse é o 1º passo para seguir em frente.
Alê Nunes, mãe e blogueira