Aborto espontâneo: conheça os sinais
O aborto espontâneo é mais comum nos 3 primeiros meses de gravidez, chegando a atingir até 20% das mulheres grávidas, dependendo da faixa etária. Como isso normalmente acontece no início da gestação, muitas vezes a mulher ainda nem percebeu que estava grávida e não considera isso como aborto.
Mas afinal, quais os sinais que podem indicar uma interrupção da gravidez? Veja a seguir no texto abaixo. Mas antes, se preferir, baixe clicando na imagem abaixo o nosso ebook sobre os 3 principais motivos de infertilidade!
Mas antes, o que é aborto espontâneo?
O aborto espontâneo, também conhecido como perda gestacional, é a interrupção natural da gravidez antes da 20ª semana de gestação. Isso ocorre quando um embrião ou feto não consegue se desenvolver adequadamente.
Quais são as causas do aborto espontâneo?
Como dito anteriormente, apesar de ser uma experiência emocionalmente difícil, é também bastante comum e pode ocorrer por diversos motivos. Vale ressaltar que muitas das razões estão além do controle dos pais. Algumas das causas mais comuns incluem:
Anomalias cromossômicas
A principal causa de aborto espontâneo são os problemas genéticos que impedem o desenvolvimento normal do embrião. Esses erros podem ocorrer aleatoriamente e não são geralmente hereditários.
Problemas hormonais
Desequilíbrios hormonais, como níveis insuficientes de progesterona, podem dificultar a manutenção da gravidez.
Problemas de saúde materna
Condições de saúde da mãe, como diabetes não controlada, doenças da tireoide, lúpus, e outros distúrbios autoimunes, podem aumentar o risco de aborto espontâneo.
Infecções
Algumas infecções podem afetar o desenvolvimento do feto e resultar em aborto espontâneo.
Problemas uterinos e cervicais
Anomalias na estrutura do útero, miomas, ou fraqueza cervical (incompetência cervical) podem causar dificuldades na manutenção da gravidez.
Estilo de vida
Fumar, consumir álcool, usar drogas ilícitas, exposição a toxinas ambientais e radiação podem aumentar o risco de aborto espontâneo.
Idade materna avançada
Mulheres com idade avançada (acima de 35 anos) têm um risco maior de aborto espontâneo devido ao aumento da probabilidade de anomalias cromossômicas.
Problemas na placenta
Complicações no desenvolvimento ou função da placenta podem comprometer a nutrição e o suporte ao feto.
Embora muitas dessas causas sejam inevitáveis é importante manter um estilo de vida saudável e fazer um acompanhamento médico regular pode ajudar a reduzir o risco de aborto espontâneo e melhorar as chances de uma gravidez bem-sucedida.
Principais sinais de aborto espontâneo
Existem alguns sinais de aborto espontâneo que você deve ficar alerta. Caso seja o seu caso, busque atenção médica imediatamente. Veja:
Sangramento vaginal
A perda de sangue pela vagina durante a gravidez é o principal sinal do aborto, já que ocorre devido à descamação da parede uterina na qual o embrião havia nidado.
Mas calma, que nem todo sangramento durante a gravidez é sinal de aborto!
Geralmente, ele está associado a um sangramento de maior porte acompanhado por dores fortes, aumentando de intensidade até se completar.
Menstruação atrasada
Se o aborto ocorre bem no início da gravidez, por volta da data da próxima menstruação, e a mulher ainda não desconfiou da gravidez nem realizou um teste caseiro, é comum que ela entenda o sangramento como apenas isso: uma menstruação atrasada.
Assim, muitas vezes, se ocorreu uma relação sexual desprotegida durante o período fértil e a menstruação ocorre em uma data inesperada, tendo um aspecto diferente dos outros meses, há uma chance de que na verdade se trate de um aborto espontâneo.
Cólicas
Assim como durante a menstruação o útero se contrai para expelir o sangue, durante o aborto as contrações uterinas visam eliminar o feto e a placenta, limpar o útero e voltá-lo ao tamanho normal para reduzir o sangramento.
Em razão , é comum que o aborto esteja associado a dores em cólicas constantes ou intermitentes.
Eliminação de um material sólido
O aborto só se completa quando há a eliminação do feto. Se isso ocorre no início da gravidez, o feto é tão pequeno que consegue ser expelido apenas com as contrações do útero, sendo eliminado no meio do sangramento.
Em razão disso, é comum que as mulheres que tiveram aborto espontâneo relatem que observaram algo semelhante a um grande coágulo de sangue.
Fim dos sintomas de gravidez
Se a náusea, a sensibilidade das mamas e outros sintomas da gravidez desaparecem de repente após um sangramento vaginal, a chance de o aborto ter ocorrido é grande, indicando que o corpo da mulher retornou ao seu estado habitual, sem os hormônios da gestação.
Atenção!
Às vezes o sangramento vaginal ocorrendo no 1º trimestre de gravidez pode ser sinal que o embrião se implanta fora do útero, mais comumente em uma das trompas.
Por isso, é importante entrar em contato com seu médico.
Qual é o procedimento após o aborto espontâneo?
Após um aborto espontâneo, é preciso seguir alguns procedimentos para garantir a saúde física e emocional da mulher.
A primeira etapa é buscar atendimento médico imediato para confirmar que a gravidez foi completamente interrompida e para verificar se não há complicações, como o tecido gestacional restante no útero. Esse processo pode envolver ultrassons e exames de sangue.
Dependendo do caso, o tratamento pode variar. Em alguns casos, o corpo pode expelir todo o tecido por conta própria, sendo necessário apenas observar.
Em outros casos, medicamentos como misoprostol podem ser prescritos para ajudar o corpo a expelir o tecido restante. Em situações mais complexas, pode ser necessária uma curetagem para remover o tecido do útero.
Após isso, é importante repousar e deixar o corpo se recuperar. Isso inclui descanso adequado e controle da dor com analgésicos prescritos, além de estar atento a sinais de infecção, como febre, sangramento intenso ou prolongado, e dor abdominal severa.
O apoio emocional é crucial, porque o aborto espontâneo pode ser uma experiência que abale o emocional.
Por isso, é necessário buscar ajuda de um terapeuta, já que pode ser extremamente benéfico, assim como participar de grupos de apoio onde se pode compartilhar experiências com outras pessoas que passaram por situações semelhantes.
Conversar com o parceiro e familiares também pode fornecer um suporte emocional valioso.
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