A Vida Pós Maternidade!

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    Acho importante abordar um pouco das mudanças que a maternidade traz a nossa vida. Quando a gente está grávida ou quer engravidar, geralmente, só se houve como é bom, como tudo muda para melhor, e nem sempre é um lindo conto de fadas.

    Ter um filho é uma benção. É quando você descobre o que é amar incondicionalmente e plenamente, mas a gente tem que estar consciente que esse filho irá mudar nossa vida para sempre. Claro que para melhor, mas é uma mudança complexa. Passamos a ver a vida de outra forma, pois antes de qualquer coisa, temos que pensar primeiro no nosso bebê.

    Se você trabalha fora, é preciso ter consciência que as coisas vão mudar, principalmente aquelas que tem uma vida super independente, pois por pelo menos alguns meses você deixará de viver as suas coisas para viver exclusivamente para o seu bebê. A cabeça da gente nem sempre administra bem isso. Eu, por exemplo, acabei tendo uma depressão pós-parto, claro que isso não é regra, mas é importante saber que existe essa possibilidade, por isso é importante estar preparada para essa mudança.

    Amamentar nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente nos primeiros 3 meses. Vai ser dolorido, temos que lidar com a ansiedade, medos (‘será que tenho leite suficiente?’, ‘meu leite é fraco?’, ‘será que ele não está mamando suficiente?’) e ter muita paciência. Acho que isso vale mesmo para as mães que não amamentam, porque, principalmente no primeiro mês, o bebê ainda não vai mamar em intervalos regulares, a gente não consegue mais dormir uma noite inteira, aliás aprendemos a dormir em intervalos muito curtos.

    Em relação a vida de casal também acontecem mudanças. No primeiro ano, a gente quase não tem tempo para o relacionamento, nem para nós mesmas. O bebê exige muita atenção, o líbido diminui muito, quando não desaparece, e é bem difícil conciliar o bebê, afazeres domésticos, nós mesmas e o marido. É uma mudança de vida completa, não para ruim, mas uma mudança que tem que ser bem administrada. É importante o casal estar muito unido e os dois terem consciência das mudanças que podem acontecer. O meu conselho é que conversem sempre sobre o assunto, antes mesmo de engravidar. O marido tem que ter paciência, principalmente nos primeiros meses, e tentar auxiliar ao máximo nessa fase, pois além do bebê a mãe também precisa de apoio, principalmente emocional.

    Depois que a rotina com o bebê se estabilizar mais, tente arrumar um tempinho para você, sim você mulher, uma horinha para ir no salão de beleza, ou para ir na academia, ou alguma outra atividade que você sempre gostou e que te faz bem. Sei que é muito complicado ficar longe, mas é importante ter um tempinho para você. O próximo passo é arrumar um tempinho para vocês dois, afinal papai e mamãe também tem que namorar. Mesmo que seja em casa, um jantarzinho, assistir um filme juntinhos, depois que o bebê dormir. Se tiver a ajuda da vovó ou de alguém de confiança para ficar umas horinhas com o bebê de vez enquanto, é ótimo, mesmo que seja uma vez por mês ou a cada 15 dias.

    Enfim, sejam mãe e pai, mas também não esqueçam de ser marido e mulher. Vai fazer bem para vocês e também para o bebê, pois a felicidade da família é fundamental!

     

     

     

    Alê Nunes, mãe e blogueira.

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